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1 – Há quantos anos trabalha como professora da Aliança?
Há 51 anos. Sou a professora mais antiga na Aliança Francesa de São Paulo.
2 – Já foi professora de quais unidades?
Já trabalhei na Vila Mariana, Brooklin, Jardins, Centro, Vila Madalena, Centro e Faria Lima.
3 – Qual é a sua formação acadêmica e nacionalidade?
Sou francesa, mas vim morar no Brasil com a minha família, quando tinha apenas 11 anos. Então, sou mais brasileira do que francesa. Eu sou formada em Letras e Tradução pela USP. Também sou Tradutora – Intérprete Diplomática.
4 – Como começou o seu aprendizado da língua francesa?
Como eu sou francesa, o francês é a minha língua materna.
5 – Fale sobre 3 (ou mais) filmes francófonos que você gosta.
6 – Fale sobre 3 livros (ou mais) francófonos que você gosta.
7 – Quais são os 3 atores/atrizes francófonos prediletos?
8 – Quais são os 3 cantores/cantoras/bandas francófonos prediletos?
9 – Por que você acha que há tantos brasileiros querendo aprender francês?
Ah, primeiro porque falar francês é chic (risos). Também, por causa dos estudos. Muitas Universidades brasileiras, como a USP e a FGV têm parceria com Universidades francesas. Antes, o perfil que vinha aprender francês era de estudantes de Psicologia. Hoje, está muito variado! Temos estudantes de Direito, Gastronomia, Moda, Aeronáutica, Mecânica, Aviação, História e Arquitetura. Também há alunos que já são aposentados e agora decidiram estudar. Tenho aluno de todas as idades
10 – Quais são as maiores dificuldades dos alunos brasileiros na hora de aprender francês?
A maior dificuldade é a pronúncia do E,U, EN, IN. Além do uso dos tempos verbais. Mas, no geral, não há muita dificuldade, pois a estrutura da língua é latina, como na língua portuguesa. Eu sempre digo aos meus alunos que o sotaque não é um problema, é um charme. O mais importante é falar corretamente.
11 – Quais dicas você dá para quem está aprendendo francês?
O principal é ter uma motivação. É querer estudar francês. Ninguém aprende bem uma língua sendo forçado a estudar. Outro ponto importante é saber trabalhar em autonomia, fazer as lições e se dedicar ao aprendizado fora da sala de aula. O aluno não pode ficar esperando que o professor faça tudo e não pode ter medo de falar errado. Além disso, é importante ter um bom professor e estudar em uma escola séria.
12 – Qual é o grande diferencial da Aliança Francesa?
Os professores são formados e além disso são acompanhados constantemente pela coordenação pedagógica. A Aliança Francesa é uma escola séria, que oferece aulas lúdicas e dinâmicas.
13 – Compartilhe alguma experiência que marcou a sua vida nesses anos de Aliança Francesa.
Ah, são muitas. Eu ganhei a Palmes Académiques do governo da França, em reconhecimento a todos esses anos lecionando na Aliança Francesa. Eu também recebo muitas cartas de ex-alunos me elogiando e agradecendo por eu ter sido a professora deles. Nessas cartas, eles me contam um pouco sobre a vida deles, onde eles estão, o que estão fazendo… Eu até imprimo as cartas que mais me tocam. Tem uma carta muito especial de um ex-aluno meu, que era muito tímido, ele não falava nada na sala de aula e eu sempre tive muita paciência com ele. Na carta, ele me agradece por tudo e diz que estava estudando no MIT. Fiquei muito feliz por ele. É sempre uma satisfação acompanhar os alunos e ver que no final do semestre eles aprenderam. Em toda aula, o aluno tem que aprender alguma coisa nova, nem que seja uma só palavra, senão o meu objetivo como professora não foi alcançado.
Eu também tenho muito orgulho de ser professora de um curso de conversação para a melhor idade, que existe há 24 anos! São 12 alunas fiéis, que não perdem as aulas. Mesmo com a pandemia, elas souberam se adaptar e a gente continuou o curso on-line.
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