Charles Baudelaire por Geraldo Mayrink
No dia 9 de abril, celebra-se o aniversário de 200 anos do nascimento do poeta francês Charles Baudelaire (1821-1867), um dos mais influentes autores do século XIX, percursor do simbolismo e da poesia moderna.
Um ensaio do também falecido jornalista, Geraldo Mayrink (1942-2009), publicado no Jornal do Brasil, em 1967, faz um bonito paralelo entre a vida pessoal de Baudelaire e sua obra. Mayrink fala dos sentimentos intensos de Baudelaire, de sua paixão pela escrita e pela criação.
Nada melhor do que entender um escritor, através do olhar de outro escritor:
Baudelaire e seus demônios
Fazer o Mal para o Mal, praticar expressamente o contrário daquilo que se acredita ser o Bem, querer o que não se quer: eis, num resumo melancólico, mas também grandioso, a vida de Charles Baudelaire.
Primeiro ele sentiu “no seu coração de criança” um êxtase pela vida, para mais tarde horrorizar-se com ela. Depois fingiu escolher um Deus que o protegesse, mas apenas para se entregar ainda mais a um Demônio que lhe dava prazer. Jurou a verdade e pregou a mentira. Defendeu o trabalho produtivo da sua sociedade capitalista em ascensão, mas jamais trabalhou: era um preguiçoso que confessava, tristemente, “o caráter inútil das coisas”. – Texto na íntegra aqui.
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